Estamos em contagem decrescente para 2008!
Vamos acolher o novo ano da forma mais Urbano-Depressiva (e pirosa) possível.
Europe - The Final Countdown
Bom ano! Boas entradas! Melhores saídas! Muita saúde e propriedades!
Porque afinal nada disto tem razão de ser
Estamos em contagem decrescente para 2008!
Vamos acolher o novo ano da forma mais Urbano-Depressiva (e pirosa) possível.
Europe - The Final Countdown
Bom ano! Boas entradas! Melhores saídas! Muita saúde e propriedades!
Despeço-me, pois tenho um encontro com uns amigos que há muito não os vejo. Não sem antes de receber uma pequena caixa de cartão que dizia “Boxer”. Ainda pensei que me estavam a oferecer uma qualquer edição especial do meu álbum de referência em 2007, dos The National. Afinal eram mesmo uns boxer’s.
- “Isto é para quê?”
- “Então não sabes que tens de estrear roupa interior azul no ano novo?”
- “E então não sabes que não ligo a essas superstições estúpidas? Só para chatear vou vestir umas boxer’s pretas no ano novo.”
Pouco depois, encontro-me com os tais amigos. Tomaram juízo, dizem. Agora são casados e pais de filhos. Passamos ali umas horas na palhaçada.
A conversa tinha de começar, claro, com a clássica pergunta:
- “Então passas a PA connosco?”
- “Não. Não quero sair de Lisboa.”
- “Epá! És um cortes.”
- “Cag*** não vou sair de Lisboa, já disse.”
Quer-se dizer, esta malta se é para tomar um copo num qualquer dia de semana, dizem-me sempre que não podem. Ora é por causa do puto, ora é por terem de acordar cedo, ora é por não terem dinheiro, ora é por estar frio, ora é pela unha do dedo mindinho estar encravada. Mas se é para passar a PA num desterro qualquer já estão prontos para isso. Dasse… mer** para a PA.
A divagação continuou. E falou-se de tudo. Futebol, música, mercados bolsistas, política internacional ou do assassinato da Benazir Butho no Paquistão. Têm pena da mulher, dizem-me. Até meteram uma mensagem no MSN de condolências.
Eu também tenho tanta pena que lhe deixo aqui a minha mensagem de condolências:
“Bena Bena Bena,
Estarás para sempre no meu coração.
Estás no céu a comer papas Maizena,
Cuidado… não te dê uma congestão.”
Quando será que as pessoas abrem os olhos e percebem de uma vez por todas que religião é tão só um instrumento que o demónio inventou, para que nos matemos todos uns aos outros?
Falam-me depois de uma nova máquina de fazer pão.
Olha-me para estes também! Já não basta a progenitora, os colegas mais velhos do trabalho, e vêm-me estes também com a conversa do fazer pão em casa…
Não gosto de máquinas de espécie alguma. Não as percebo. Encolhem-me a roupa, queimam-me o jantar, avariam-se quando menos espero e fazem-me perder os contactos telefónicos.
- “Para que quero eu uma máquina de fazer pão em casa?”
- “Podes acordar de manhã e tens o pão quentinho em casa. Nem tens de tirar o pijama.”
- “Pois posso. Mas também posso acordar de manhã, lavar os dentes, descer o elevador, subir a avenida e ir à padaria compra-lo e sem me dar ao trabalho de o ter de fazer.” (convêm também vestir qualquer coisa. Acho que fazia má figura se aparecesse na padaria só de boxers.)
- “Mas podes fazer todo o tipo de pão. Integral, de mistura, de centeio, de açúcar, de batata…”
- “... de Couves. Epá! Na gosto cá dessas mariquices. Só como a tradicional carcaça. E se possível com uma bifana, mostarda e a escorrer a molhanga para fora do prato.”
- “E podes por sementes em cima do pão.”
- “Car***** pá! Isto é no mínimo abichanado. Além disso as sementes ficam encrostadas nos dentes. E já não tenho a minha unhaca para palitar os dentes.” (tenho de encomendar o Encapsulador de dedo mindinho logo que possa.)
Já estava quase a anoitecer e ainda estava um nevoeiro cerrado. O meu mote de despedida, dá-se quando começam a dialogar com o puto:
- “Oláaaaaa. Oláaaaa. Xibibi nhunnhu. Renhónhó. É a mamã! É! É pois!”
O diálogo prosseguiu por alguns minutos. Não conheço aquela linguagem. Talvez um dia venha a perceber. Não tenho jeito para miúdos embora goste desses diabretes. Mas o certo é que acho esses diálogos um pouco… vá… estúpidos.
A ironia de tudo isto, é que chego a casa, com fome, e não há nada para o lanche. A padaria também já não tem nada. Lá tenho de ir ao supermercado mais próximo e esperar 15 min na fila só para pagar uma saca de pão.
Isto não tem particular interesse ou graça e até tornar-se-á um pouco maçudo, pelo que se não tiverem paciência, sugiro que passem já para o vídeo “lá em baixo” (e até vou colocar a letra mais "piquena" para não chatear muito).
- “PAC, tens aí nessa tua maquineta os FF? “
- “Claro, porquê?”
- “É para colocar no leitor de mp3 da minha filha (6 anos) que lhe vou oferecer no Natal.”
- “'Tás a falar a sério? Ela ouve isso? Mas tu conhece-los?”
- “Não. Nunca ouvi. Ela é que ouve isso nos Morangos com Açúcar e pediu-me.”
- “!? Bom… 'tá certo. Já aí tens na pasta de partilha.”
Podia ter ficado por aqui e prosseguido com o meu trabalho, mas fiquei curioso em saber que nessa série juvenil, além dos Interpol, também os Franz Ferdinand fazem parte da banda sonora. Contudo, após rápida pesquisa pela net, reparo que FF é um qualquer cantor/grupo português, daqueles que contaminam a mente dos mais novos, talvez ao estilo do que os Onda-Choc faziam no tempo em que éramos miúdos despreocupados com a vida.
Humm… é claro que não!!! A miúda que diga de sua justiça. MUHAHAHAHAAAA (1º vil toque de malvadez)
- “Olha mais um… Então e o teu?” (3º vil toque de malvadez)
- “Ai sim? Então que se passou?” (4º vil toque de malvadez).
- “Não eram aqueles FF que ela queria. Aquilo era só barulheira e os outros parece que cantam em português.”
- “Oh! Pensava que FF era Franz Ferdinand pá!” (5º vil toque de malvadez)
- “Lá tive de sacar as músicas da net à pressa, senão a miúda nunca mais se calava.”
- “Olha! Tenho aqui outros FF. Foo-Fighters diz-te alguma coisa?” (6º vil toque de malvadez)
- “Vais sozinho, ou queres que te mande?”
- “Deixa lá. Dá-lhe mais 10 anos e ela depois agradece-me.” (7º vil toque de malvadez)
1. Radiohead - In Rainbows (13 pontos)
2. The National – Boxer (12 pontos)
3. The Shins - Wincing the Night Away (9 pontos)
5. Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81 (5 pontos)
5. Blonde Redhead – 23 (5 pontos)
7. Neurosis - Given to the Rising (4 pontos)
9. Arcade Fire - Neon Bible (3 pontos)
9. Hearts of Black Science – The Ghost You Left Behind (3 pontos)
9. Modest Mouse - We Were Dead Before the Ship Even Sank (3 pontos)
9. P.J. Harvey - White Chalk (3 pontos)
13. !!! - Myth Takes (2 pontos)
13. Editors - An End Has a Start (2 pontos)
13. Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga (2 pontos)
13. The Mary Onettes - The Mary Onettes (2 pontos)
E o grande vencedor...
É dia de Natal. Dia de paz, harmonia, altruísmo e fraternidade. Não quero contestar nada disto, apenas há uma pequena questão que me assola a alma e me mói o juízo desde as 10h. Que é a seguinte:
The Sound (Adrian Borland) – Winning @ 1984
Não pude por isso deixar de pensar se será este ano que receberei uma prenda que há muito me está prometida. Algo que pedi ao Pai Natal há cerca de 20 anos, pese embora ache que ele não tenha percebido bem aquilo que lhe pedi à data. Em todo o caso, aqui fica essa troca de correspondência, ou tão-somente uma pequena estória de como um pequenito e imberbe rapaz perdeu a ilusão nessa figura natalícia de seu nome Pai Natal.
21 Dez 1987 (escrevo ao querido Pai Natal)
"Querido Pai Natal,
neste ano de 1987 fui um menino bem comportado e por isso mesmo queria no sapatinho algo mais do que um brinquedo ou a Minha Agenda do ano passado. Quero Um Mundo Catita só para mim, pode ser?”
"Querido PAC,
foste um menino bem comportado sim senhor. Mas o que é isso de Um Mundo Catita? Não preferes antes um carrinho de bombeiros?"
22 Dez 1987 (mantenho a minha esperança no velhote)
"Pai Natal,
não quero o carrinho de bombeiros, nem outra vez a Minha Agenda.
Quero Um Mundo Catita só para mim. Quero fazer algo de mais eloquente na vida. Quero acordar feliz e contente todas as manhãs. Quero uma pitada de amor, compreensão e responsabilidade. Quero dedicar-me de alma e coração a tudo o que me rodeia. Mas não tenhas pressa, ok? Pensa no assunto e dá-me o meu Mundo Catita por daqui a 20 anos.”
"PAC,
pede isso ao menino Jesus. A secção de paz, amor e felicidade no mundo é com ele. Eu só dou brinquedos. Por isso, este ano levas antes o carrinho de bombeiros e daqui a 20 anos logo se vê o que de dou.”
23 Dez 1987 (acho que o velho tá senil)
"Epá oh Pai Natal,
vamos lá a ver se nos entendemos. Em primeiro lugar não vou pedir nada ao menino Jesus, até porque era estúpido pedir algo a alguém que já quinou há cerca de 2000 anos.
Depois, eu quero ter o meu Mundo Catita, não já, mas por daqui a 20 anos. Até porque para já tenho de usar estas botas ortopédicas nada catitas que me deste no ano passado e me limitam os movimentos. Olha que bela mer** de prenda. Não me roubes o meu Mundo Catita, sim?”
"oh PAC,
és um pouco insolente. Se fosses meu filho já estavas a aviar uma nos queixos que te passava logo a pu** da birra. Levas o carro de bombeiros e é se não queres outro par de botas ortopédicas."
24 Dez 1987 (se o cab*** do velho se me aparece à frente leva uma fisgada nos cornos)
"Fo*****, oh meu gordo boiola,
não sois mais que uma figura imaginária desta sociedade hipócrita e consumista despojada de valores morais. Espero que te cancelem o contracto com a Coca-Cola e morras na penúria. E sabes que mais? Quero é que vás praticar o coito auto-infligido. Redime-te das botas ortopédicas e pensa nesse meu Mundo Catita, sim?”
"Meu fedelho mimado,
desta vez ultrapassas-te todas as marcas. Ai queres um Mundo Catita? Pois terás a mer** de um Mundo Catita em 2007 mas terás também outras prendas no sapatinho. Uma delas é uma vida demente e a pior de todas é seres arrastado pró Trumps pelo menos uma vez na vida. MUHAHAHAHAAAAA... quero dizer... OUH-OUH-OUH"
Mundo Catita – Natal 2007
(O gajo enganou-se. Não era bem isto que queria.)
Mundo Catita – Natal 1986 (1987 manteve a mesma toada)
A resposta será somente uma destas:
- Porque gostamos da espontaneidade do conceito dos Take Away Shows.
- Porque somos apreciadores de música ao vivo.
- Porque não nos cansamos das melodias intimistas e expressivas dos The National.
- Porque Boxer é certamente um dos álbuns de 2007.
- Porque a música é triste e muito UD.
- Porque as ideias e criatividade são imprevisíveis e nem sempre por cá aparecem.
- Porque por vezes vivemos no terror de não termos inspiração para nada mais.
- Porque não temos tempo para escrever algo mais do que estas míseras linhas.
- Porque não há um motivo aparente para ouvir boa música.
The National - Start a War, live @ Perpignon
Foi na passada 6ª feira que Larkin Grimm nos visitou na ZDB.
16 Novembro, 19:37 – Na Viriato 25
Legenda: abertura das hostilidades com uma experiência radiofónica. Havia alguma censura à mistura, ali prós lados do blog da concorrência. A ideia começava a fermentar.
21:35 – Editors
Legenda: Um grande concerto! Não parece, mas é mesmo o Tom Smith dos Editors no Restelo. Este foi o motivo pelo qual os UD’s se reuniram.
01:10 – Tributo ao grande mentor UD
Legenda: Após o concerto, houve um tributo ao grande mentor UD. Na foto não se vê, mas do meu estendal de roupa também lá está pendurado o Ian Curtis e as minhas "ciroilas".
01:46 – A queda
Legenda: Um momento trágico-cómico (ou tralho) de um dos UD’s. Eu, que à data ainda não tinha deixado crescer o bigode, sou o que levo as mãos à cabeça, com pena de não ter visto a queda (e só por isso não me ri).
04:13 – A ideia
Legenda: “chocolate milk” é o mesmo que cerveja preta.
05:32 – O epílogo
Legenda: Fim da noite, ou quase… é que alguns UD’s decidiram que ainda haveriam de subir num balão. É uma experiência que custa entre 250 e 500 euros.
1 Mês depois, 13:45 – Como fazer o almoço com 7 ovos pintados?
Pelar os 2 tomates.
(espaço propositadamente deixado em branco para dar tempo de efectuar essa meticulosa operação)
Corta-los às fatias e coloca-los com 100g de fiambre num recipiente. Levar tudo ao forno 5 minutos a 220º. Partir os 6 ovos para uma tigela e raspar o outro ovo da bancada para essa mesma tigela (mas sem usar as mãos, não sejam badalhocos). Adicionar 125ml de natas e bater tudo. Juntar pimenta preta, sal e algumas ervas (ficando à vossa consideração quais).
Tirar o recipiente do forno com duas pegas (daquelas que se compram no Ikea e não das que se compram no Cais-Sodré) e verter os ovos com natas em cima do fiambre e dos tomates, previamente pelados.
Colocar tudo novamente no forno. Estará pronto em 20 minutos, ou caso se distraiam a ver a bola no sofá, estará pronto quando a cozinha se encher de fumo. Neste último caso, terão de abrir as janelas após usar o extintor.
Servir directamente do forno acompanhado de pão quente pelado (ou seja sem sementes, pois isso é deveras abichanado) e cortado aos triângulos com manteiga.
Bom apetite!
Se para alguns fechar uma urna é um trabalho corriqueiro (o pior mesmo é vesti-los), para nós foi uma experiência nova, resultado da nossa primeira votação popular iniciada a 30 de Novembro.
1 - Eleger o momento Urbano-Depressivo do mês de Novembro;
2 - Averiguar quantas pessoas perdem preciosos minutos da sua vida a consultar aqui o canto UD e da risota.
Parabéns ao vencedor! E o nosso obrigado a quem nos visita.
Cheers!
1 – Como podem perceber pelo início do vídeo (esquecendo aquelas duas torres), este concerto não é do de Londres pois ainda não há direitos legais para disponibilizar as imagens.
Pista - É em Portugal.
Também conhecida como a Seattle Songbird, as melodias de Heather Duby conjugam a electrónica ao piano, ou a bateria aos violinos, isto sem esquecer a sua voz charmosa e sensual.
Parece-me por isso que esta é a oportunidade de ouro para fugir à temática do blog e falar daquilo que os homens realmente falam quando não há mulheres por perto. Exacto… Carros, Futebol e Gaijas.
SADO 550. O Smart português. Fabrico e concepção 100% nacional em 1982.
Então?!!... mas será que ele não é homem?! Querem ver que há outro caso como o(a) filho(a) do Néné? Para mim ele frequenta o Trumps de certeza.
Pronto... tá bem pequenada, o tio PAC mostra-vos uns desenhos animados em relação ao tema.
E porque é que considero o JP Simões um peralvilho?
Fica aqui a definição do dicionário:
(Regressando a sócia, voltará a imperar o bom senso e voltaremos à temática UD. Já chega de parvoíce, risota parva, deboche e insultos escamoteados e gratuitos ao JP Simões.)
Assim, aqui fica a sinopse de mais uma noite urbano-depressiva, apesar do adiantar da hora (e perceberão o porquê):
Quinteto Tati no Music-Box? Alto! STOP! Afinal parece que só para os VIP com convite. Tudo bem… só não se percebe como é que JP Simões se deixou alinhar nessa festa neo-fascizoide.
Bolas, então a malta deixa crescer a barba à-lá revolucionário marxista, usa óculos e bóia à-lá intelectual de esquerda, usa piercings e pins no casaco e tu fazes-nos uma desfeita destas? Não há direito, que diacho. Azar!!!
Bom, a solução? Afogar as mágoas no balcão de um qualquer bar, ou ver Pontos Negros?
Sem dúvida o grande momento da noite e que merecerá mais destaque num post mais lá para Janeiro. Este quarteto de Queluz fez-nos pensar que afinal “rock & roll is alive” quando a dado momento Jonatas rodopiou no chão com a sua guitarra em transe. Tocaram inclusive a cover Supersticioso dos Heróis do Mar, deveras apropriada à noite.
Contudo, o tema preferido para a urbano-depressão (Funeral) fizeram questão de não o tocar. Azar!!!
O Campeão é um jovem com 9 anos (e inspecção em dia) que de vez em vez gosta de pregar partidas. Que diabo, bem sei que te deram hoje uma marrada no para-choques (e logo na Faculdade de Psicologia), mas isso era motivo para me parares no Campo Grande por falta de gásóile? Phone-ix, que começo a ficar sem paciência para as p*** das tuas birras. Azar!!!
O que fazer às 2h30 enquanto se espera pela assistência em viagem (para além de ouvir a RadaR)? Humm…. reflectir?! E reflectir se tudo isto não passará de uma experiência laboratorial desse senhor intitulado de Deus Nosso Senhor (Senhor da parte do pai, e Nosso da parte da mãe). E bem a propósito, um iluminado qualquer deixou-me isto no correio. É que parece que Esse cavalheiro atende no seu escritório aos Domingos a partir das 10h30, ali para os lados de Alvalade. Vou lá e Esse barbudo vai-me ouvir das boas…