domingo, agosto 31, 2008

Música de Verão

Os urbano-depressivos estão mais deprimidos que nunca!
Agora que quase se acaba o Verão, para além de não ter havido noites propícias a mergulhos marítimos (pormenores), nem sequer apareceu um daqueles hits de Verão que põem toda a gente a dar ao rabiosque!

Só me consigo lembrar de uma música da qual nem gostei nada à partida mas que, com a insistência em rodar por aí, até me apeteceu dançar aos pulos - qual Nelson Évora - e pinotes. Lá está, é daqueles fenómenos de músicas-febre-galopante, ou seja, põem-nos a dançar durante breves semanas até morrerem, ou até nos matarem de já não as podermos ouvir mais. Acho que é o caso do My Drive Thru, não? A ver:



Mas que Verão tão fraquinho! A música até faz mexer; o vídeo até é bem giro com todo aquele origami que acaba por formar a estrelinha da All Star sem que a publicidade seja muito óbvia; mas aqueles moços... Bem, o Juliano parece que tomou um ácido e crê ser o Stevie Wonder. Do Pharrell nem vou dizer nada que me dá agonias tanta presunção. A menina Santogold ainda é quem anima o trio, mas a certa altura também parece que está a dançar rancho!! E já agora, quanto ao que se dizia acerca de ela ser a nova M.I.A. parece-me ser dos últimos grandes disparates! Não percebo o que possam ter a ver uma com a outra, a não ser que tenha sido algum racista a dizê-lo.

Se alguém ainda lê isto, façam o favor de me apontar uma música boa para dançar que tenha aparecido este Verão, sim? Ficarei mesmo agradecida!

quarta-feira, agosto 27, 2008

Duas luas

Detalhe da foto de "ao luar".

Hoje é dia disto.
Quer dizer, supostamente teremos a possibilidade de ver aquilo que parecem ser duas luas no céu. Uma delas será a verdadeira Lua, pena não estar cheia! O outro objecto igualmente brilhante será Marte, que só em 2287 voltará a estar tão próximo da Terra.
Mas será esta proximidade suficiente para que o planeta dos amigos marcianos se possa ver a olho nu?!
A ver vamos, como diz o cego...

terça-feira, agosto 26, 2008

Quase em fim de férias, acordando para a urbano-depressividade e procurando planos de abstracção (ou de incursão), a agenda dos próximos concertos já foi actualizada ali ao fundo do lado direito.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Rayuela

Trabalho de casa para as férias:
Como tem havido queixas de que não se passa nada neste blog, não havendo por conseguinte nada para fazer (treta!), cá vai um trabalho de casa para todos os frequentadores. Em baixo encontra-se transcrito integralmente o capítulo 68 do livro que ando a ler (e diga-se de passagem que me anda a absorver completamente). Quero que o
traduzam, interpretem, dêem significado, expliquem, desconstruam, enfim... digam de vossa justiça acerca dele. Assim de repente só consigo distinguir nesta algaraviada termos aparentemente ligados à fauna e sobretudo à flora, sendo o único momento óbvio a evocação do deus Baco!
Divirtam-se e boas férias!


«Mal ele lhe amouvava o noema, o clémiso acumulava-se nela e os dois caíam em hidromúrias, em selvagens ambónios, em sústalos desesperantes. Sempre que ele tentava relamar os incupelos, perdia-se numa grimúria queixosa e tinha que inrolver-se com a cara contra o nóvalo, sentindo como as arnilhas se iam espelhunando pouco a pouco, apeltroando-se e reduprimendo-se até ficarem esticadas como o trimalciato de ergomanina sobre o qual se deixaram cair umas fílulas de cariacôncia. E no entanto aquilo era apenas o princípio, porque a certa altura ela tordulava-se os hurgálios, permitindo que ele aproximasse suavemente os seus orfelúnios. Assim que se entreplumavam, algo como um ulicórdio encristorava-os, extrajustava-os e paramovia-os, de repente surgia o clinão, a esterfurosa convulcante das mátricas, a jadescorrente nabocaplúvia do orgúmio, os espróemios do merpasmo numa suprahumítica agopausa. Evohé! Evohé! Volpousados na cresta do murélio, sentiam-se balparamar, porlinhos e márulos. Tremia o troc, venciam-se as marioplumas, e tudo se resolvirava num pínice profundo, em niolamas de gases argutensos, em carínias quase cruéis que os ordorreavam até ao limite das suas gúnfias.»