sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Os amigos não se perdoam nem julgam. Têm-se ou não se têm.

Miguel Esteves Cardoso

10 comentários:

Anónimo disse...

Os amigos também se julgam e também existem perdões por dar. Mas guardamos os nossos julgamentos e perdoamos o que não tem perdão... porque são os nossos amigos.

LuisElMau disse...

Por acaso gostava de saber o que o Miguel pensou e sentiu quando o seu "amigo" Pedro Paixão lhe comeu a mulher...

Por acaso já perdoei alguns amigos e já fui perdoado por outros, também já julguei alguns, sempre olhos nos olhos deles e num tempo em que ainda perdia muito tempo a julgar o outro. Acho que nesses momentos de perdão, essas amizades acabaram sempre por ficar ainda mais fortes e verdadeiras.

O pouco que sei é que nenhum dos meus amigos é perfeito, até porque acho que era incapaz de ser amigo da perfeição. Gosto de crescer junto aos meus amigos e vê-los crescer e sinto que muitas mais vezes são os erros que nos ajudam a crescer.

E pronto, não consigo ser sempre imparcial e nunca fui à bola com o Miguel Esteves Cardoso, achava piada às crónicas, mas aqueles tiques todos e aquela presunção sempre me irritaram.

amelinha disse...

Também acho que só perdemos tempo em perdoar ou ser perdoados com quem é realmente importante para nós.

Maura disse...

Oh, não se perde tempo a perdoar. À partida os amigos estão perdoados, é por isso que são amigos.
Quanto a julgar, eu tento nunca o fazer (apesar de ter muitas dificuldades) seja com quem for, mas creio que com os amigos é mais fácil evitarmos cair nesse pensamento fácil que é o julgamento.
Acho que o que o MEC queria era enaltecer a amizade e com estas frases queria demonstrar que a amizade pura é incondicional, existe apenas, sem falsidades ou subterfúgios.
Na mesma crónica (do livro Explicações de Português) ele diz que "a amizade é a única anarquia do mundo. Vive-se e mais nada."
El Mau, isso de "julgar olhos nos olhos" parece-me que não é o tipo de julgamento a que o MEC se referia...
Os tiques do MEC são tiques do maluco que é! Não o acho presunçoso, talvez um pouco excêntrico. Hoje li no Y qualquer coisa como "o snobismo é o oposto da insegurança, e como tal é uma virtude" ahahah - isto a propósito do livro Bilhetes de Colares 1982-1998 de A. B. Kotter (que no fundo é José Cutileiro).
Bom, a verdade é que acabo por concordar om o que vocês dizem, mas o MEC estava a pôr as coisas sob outro ponto e vista.
E no fundo acho que ele deve ter gostado de partilhar a mulher com o Pedro Paixão!

Lucia disse...

Tem piada. Estou a lê-lo.

Maura disse...

Lúcia, tens mas é que ler o Explicações de Português, tem crónicas geniais. Eu já gostava do MEC, mas depois de ter lido esse livro passei a adorar. São crónicas antigas do Independente se não estou em erro.

amelinha disse...

perder tempo é no sentido de que às vezes levamos muito e muito tempo para conseguir ter forças, vontade e compreensão para perdoarmos. O que queria dizer é que normalmente sentimo-nos mais magoados na medida em que amamos mais e também por isso mesmo, às vezes custa mais a ultrapassar essa dor. E só nos preocupamos em ultrapassar se esse alguém for realmente importante. Se não, vence a indiferença.

Lucia disse...

Maura,

vou ver se compro esse. Este homem é genial. Nunca me ri tanto.

Maura disse...

Compra Lúcia, eu não o tenho, li um emprestado.

Amelinha, percebi o teu ponto de vista. Claro que os amigos magoam mais que os conhecidos e o processo de recuperação/perdão é mais sofrido. Às vezes também nos apercebemos que a indiferença acaba por se sobrepôr a tudo e só aí percebemos que afinal aquela pessoa não era verdadeiramente um amigo.

Nuno 'Azelpds' Almeida disse...

Eu já tive discussões com amigos(as) que algumas vezes mais parecia que o pessoal era namorado ou isso tal foi a intensidade das "zangas" lol.

Mas ya, isso geralmente só acontece com quem considero amigo amigo mesmo, daquelas pessoas que conto pelos dedos de uma mão (minha gata incluída :p). Pessoas conhecidas geralmente também é a indiferença que ganha por aqui, nem que seja pelo meu feitio de raramente me chatiar, de ficar muitas vezes na onda *se a pessoa se sente bem assim, bom pra ela*