quinta-feira, novembro 27, 2008

Manifesto Anti-Montez

Os apreciadores de música e de concertos que consentem encher os bolsos ao Montez são apreciadores que nunca o foram. São uma cáfila de indigentes, de indignos, de cegos e de surdos! São um rebanho de vendidos e só podem parir abaixo de zero!

Abaixo estes pseudo-apreciadores de música!

O Montez pode já nos ter proporcionado variadíssimas oportunidades de assistir a muito bons concertos de excelsas bandas e músicos, mas neste momento passou das marcas ao querer encher o bandulho com um festival de música para concubinos da ignorância e da falta de amor à arte que é a música!

O Montez não precisa de se disfarçar para ser salteador, basta organizar festivais como o Super Bock em Stock. Aliás, “stock” é um termo que associo ao capitalismo e é preciso o Montez ter muito cara de pau e ser um gatuno para ainda pôr um nome destes a um festival que só pode servir para lhe dar pilim e não como um evento tendo em vista cumprir a sua função que é dar música a quem a queira apreciar ao vivo com condições mínimas. (Ah pois, o nome é por causa do programa de rádio e não sei quê! Claro!) Ora, parece-me que o formato do SBES não oferece condições ao público para que essa desejada fruição da música se faça, pior ainda, nem sequer encara os músicos como artistas que vêm apresentar o seu trabalho, mas sim como grelhadores de hamburguers de cadeias de fast-food.

Lixe-se o Montez, lixe-se!
PIM!

O Montez vomita concertos e muito bem! Mas desta vez vai vomitar um festival de rápida digestão que lhe vomitará dinheiro fácil, tão fácil quanto o público que lá for é fácil de endrominar.

O Montez envergonha-me por ser português e nos querer equiparar aos texanos. Toda a gente sabe que os americanos em geral e os texanos em particular são burros, mas o Montez quer fazer de nós, portugueses, jumentos ao copiar o formato de um festival de Austin que até deve ser fabuloso. Porém, a qualidade de um festival com alguns anos no Texas não é argumento suficiente para copiarmos o seu formato na nossa pacata e repleta de gente que gosta de boa música ao vivo Lisboa!

Pensem comigo – para além do facto de isto não ser o Texas, mesmo que até tivéssemos afinidades, não percebo qual o mérito em copiar um produto final que lá demorou alguns anos a crescer até se transformar no que é. Não sei se os texanos (todos juntos) são tão estúpidos quanto o Montez ao ponto de agendarem várias bandas a tocar ao mesmo tempo nos primórdios do festival – ou se calhar são, não sei, mas prefiro acreditar que, com a afluência do público e de bandas a quererem tocar ao longo dos anos, os concertos tivessem que se ir sobrepondo à medida que esta exigência surgia. Porém, a besta do Montez faz de nós energúmenos ao dar-nos a maravilhosa oportunidade de termos 4 ou 5 bandas a tocar em simultâneo... bandas essas que provavelmente gostaríamos muito de ver mas se calhar não conseguiremos porque não somos omnipresentes... ou somos?

Sim, sim, já sei, temos que fazer opções na vida! Muito bem, sei disso! Mas, primeiro o Montez não é ninguém para me dar lições de vida (sabe-se lá de onde virá esta mania); segundo, até podemos fazer as nossas opções... o problema é que o Montez não nos garante que a sala onde queremos ver os nossos eleitos artistas tenha espaço para nós quando lá chegarmos, coisa que me parece que irá acontecer com alguma facilidade!

Calma! Temos um dispositivo de oferta que nos vai dizer as salas que estão a esgotar a lotação! Yupiii, então não há problema, posso não conseguir ver as bandas, mas trago para casa um dispositivo muito útil para enfiar algures no Montez se me cruzar com ele.

O Montez é a vergonha da indústria musical portuguesa!

E ainda há quem lhe agradeça por trazer cá certos músicos!

Lixe-se o Montez, lixe-se! PIM!

Nem os músicos deviam ficar contentes com o convite do Montez. Será que sabem ao que vêm? Se eu fosse apresentar um trabalho meu ao vivo gostaria de o fazer sem limites de horários tão rígidos e ridículos de apertados! E gostaria também de sentir que o público estava ali para me ver descontraidamente sem estar em stress a pensar que tem de se fazer a caminho da outra sala para ver o final do concerto da outra banda...

Relaxem! Já passamos o dia-a-dia a correr – ainda temos que o fazer nas horas de lazer em que é suposto usufruirmos sem stress da actividade que escolhemos para alimentar a alma?

(Já nem quero falar da hipótese de virem todos tocar ao monte durante a semana porque o Montez conseguiu um voo em saldos onde cabem todos, passando-se o mesmo com o hotel! Atenção que eu até sou defensora de concertos durante os dias úteis, não está aí a minha indignação!)

Sou eu que estou a ficar ultrapassada e a transformar-me numa espécie de velha do Restelo ou de facto esta ideia do SBES é mesmo merdosa?

É que posso dar-vos mais factores contra esta trampa de ideia!

Vejamos o preço - € 40 por um festival de 2 dias (noites entre as 21h e as 0h15) com mais de 20 bandas – assim de repente não parece mau de todo! Acordem! Vão ver o programa... Quantas bandas acham que conseguirão ver? Quantas bandas acham que conseguirão ver na (curta) totalidade? Quantas bandas que gostariam de ver efectivamente conseguirão ver? É possível que a resposta de muitos de voz seja igual para todas estas perguntas – “Nenhuma!” – Ao que os crentes e positivistas (eu diria, os tais não apreciadores de música) dirão “Não há crise, há copos, convívio e outras bandas boas para ver mesmo que não consigamos aceder às nossas escolhas” – Muito bem! Só me parece que por € 40 é estarem a roubar-me mais que a Euribor e o gasóleo e toda a conjuntura económica dos últimos meses.

Encham-lhe as algibeiras e passem a ter só concertos fast-listening (analogia com fast-food).

Posto isto, só posso dizer:

Foda-se o Montez, foda-se!
PIM!


É claro para os mais inteligentes e atentos (não me refiro a muitos dos “apreciadores de música” que por aí andam) que este texto foi inspiradíssimo no Manifesto Anti-Dantas de José de Almada-Negreiros. Em itálico encontram-se expressões que retirei do citado Manifesto, não sendo minha intenção plagiá-lo nem chegar perto de tamanha arte literária. Como tal, aconselho a (re)leitura deste texto futurista para que melhor percebem o meu ódio/desprezo (se é que ambos os sentimentos possam ser simultâneos) por este Luís Montez.

Não resisto a retirar dois outros excertos do Manifesto Anti-Dantas, alterando apenas o meu objecto de escárnio para Montez:

E fique sabendo o Montez que se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar.
(...)
Portugal que com homens deste género conseguiu a classificação do país mais atrasado da Europa e de todo o mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos!
Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia – se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseiado!



Bons concertos!

26 comentários:

Anónimo disse...

...muito bem...

Anónimo disse...

UI! Não tenho duvidas que tenhas exorcizado toda a tua fúria...Excelente manifesto!

Anónimo disse...

arranja uma vida.
quantos concerto da mnc tens na barra lateral do blog?
se era pra ser engraçada tenho aqui um circo chen ao lado e provavelmente ainda arranjas vaga pra palhaça.
bye!

LuisElMau disse...

Pois que tinha escrito um comentário enorme e não consegui publicar.
Pois que não me apetece escrever novamente.
Pois que gosto muito e concordo com o manifesto.

Anónimo disse...

Como diria a minha avó..."ESTA GAJA É FODIDA!!!"

Tens o meu voto.

Anónimo disse...

Para mim não tens o meu voto, nem faço parte da tua legião de amigos de cerveja na mau a fumar cigarros no santiago alquimista, e para a tua ignorância, nada melhor do que dizer algumas palavras...Eurosonic, Lolapolooza, SXSW já aqui referido, Alive, Sudoeste. Se reparares não falei apenas de coisas da MnC mas também de outros e de outros locais...
O sistema é o mesmo, as pessoas vão ver o que lhes apetece e vaguear por onde lhe apetecem, no sudoeste tbm nao têm de escolher? no alive tbm não tiveram de escolher? não percebo a cena dos intelectualoides de merda que apenas são wannabes da cultura intelectual e que dizem que vão ao santiago e merdas assim, mas vivem a vida a reviver cure, joy division e afins. Deixem de ser retrógados e de querer passar a vida com o cú sentados a ver concertos. se calhar são os mesmos que vivem das borlas dos mesmos que acusam, curioso não é?!º tem mas é vergonha de seres uma incongruente por dizeres mal e mal mas depois colares ai as fotos dos concertos da MnC e ires aos mesmos concertos e não te venhas desculpar que os artistas não têm a culpa, pois se fosses assim tão radical o não ires seria uma manifestação para as bandas de como algo estava mal. Tá mas é caladinha vai lá escovar o cabelinho e rebolar te nos gajos no santiago.

LuisElMau disse...

anónimo, a cerveja na mau era para mim ou querias escrever cerveja na mão?
olha acho que podias ir ao circo com o assassino a ver se ambos ficavam com melhor humor.
pois olha que é verdade, no alive também tive que fazer escolhas, mas olha que já ali senti que a maioria dos concertos foram fracos, rápidos e com pouco ambiente.
mas sou obrigado a dar-te razão num ponto, realmente foi no santiago que vi o melhor concerto até agora este ano, paguei um bilhete para ver a Shannon Wright, ainda tive a sorte de ver e conhecer um Tiago (não me lembro do sobrenome) a tocar maravilhosamente bem piano na primeira parte e digo-te que até paguei 20€, o que na altura achei muito, mas depois da noite que me proporcionaram as duas actuações achei que valeu muito a pena. e soube-me mesmo bem ver o concerto sentado e a beber, não cerveja mas uisky e poder ir fumar o meu cigarro sem ser às escondidas como se faz no coliseu.
espero do fundo do meu coração que consigas ver e ouvir em condições as bandas que desejas neste festival à amerdicana.

Oldpeyote disse...

Montez é um oportunista, subscrevo o manifesto.fast-food não consumo, de fast-music nem sei o que dizer... Porque tenho eu de escolher entre coisas que gosto igualmente e de que tenho igual curiosidade em ver, sendo que o bilhete é (bem) pago? Só para satisfazer os gananciosos bolsos de uns certos chupistas pseudo-avant-garde que por aí andam a brincar aos melómanos? MORRA O MONTEZ, MORRA!!!

P.S.: Se alguns dos génios que vêm defender o supra-citado fizer o favor de lhe entregar esta obra-prima para ele ler, ficarei muito, mas mesmo muito, agradecido!

P.S.2: Já deixei de ir ao Sudoeste há muito tempo porque já não aguentava aquela MERDA. Ler manual sobre "Como assasinar um festival fixe em poucas edições"!

Maura disse...

Desde já, obrigada aos apoiantes.

Oldpeyote, também não é preciso que o Montez morra que a família já tem problemas que cheguem. Mas é esse o espírito, gostei muito da parte “chupistas pseudo-avant-garde que por aí andam a brincar aos melómanos”!

Quanto aos que discordam, quero também agradecer e dizer que são da mesma forma bem-vindos a este blog (se é que ainda não tinham estado cá, a julgar pelo vasto conhecimento que têm de mim...).

Assassino Nato, gosto muito do teu nick, mas não o vejo encaixar no teu perfil. Não pretendo ser engraçada, isto é um manifesto e não vejo piada nenhuma no que escrevi, estava a falar a sério. Quanto ao circo Chen, não quero ser tua colega de trabalho, nas vagas ainda me pediam para ir pentear o macaco e corrias o risco de eu te arrancar os pelos. Mais importante que isso – é impressão minha ou a Música no Coração a que te referes já morreu há uns anitos? É do Montez que falo e não da dupla Montez/Covões. Nem percebo nada disso, só sei que este SBES foi organizado pelo Montez (seja MnC seja o que for) e é contra isso que falo. Ali ao lado não sei quantos concertos estão da falecida(?) MnC, mas mesmo que sejam do Montez (disse no Manifesto que ele já me proporcionou bons concertos), não estão ali por isso, mas sim por serem bandas que eu ou pessoas que vêm a este blog gostariam de ver. Muita coisa já ali esteve que foi organizada sabe-se lá por quem. Não peques pela falta de argumentação.

Anónimo(a), querido(a), desculpa desde já o facto de ter desprezado o teu desejo de quereres que eu rebolasse em ti, não guardes essa mágoa que te desgasta.
Primeiro, tenho amigos que também não subscrevem este manifesto, assim como tenho inimigos que o fazem. É perfeitamente natural que as pessoas não concordem, sabes? Os teus amigos concordam sempre contigo? Então não tens grandes amigos! Não percebo por isso qual o objectivo dessa conversa da legião de amigos no Santiago Alquimista, que nem é sítio onde vá muito.
Mas falando do que interessa, já disse acima que o Manifesto não serve para deitar abaixo a MnC (que nem sei bem se ainda existe, vocês, lambe-cus, lá devem saber), serve sim para falar mal especificamente da organização deste festival do Montez! Apenas e só, aprendam a interpretar. Mas também posso falar mal do Covões e da chatice que foi o Oeiras Alive por ter que fazer escolhas entre bandas e ter que andar para trás e para a frente, apesar de ser óbvio que o contexto é diferente (quando cresceres explico-te).
Mas aproveitando a tua comparação... usas o termo certo, “vaguear”, já não tenho idade nem bolsa para vaguear por aí a pagar, quando quero ver música ao vivo, vejo, quando quero vaguear faço outras coisas gratuitas.
Já agora, dizer que se vai ao Santiago é wanabe e intelectualóide? Não sabia, tenho então que passar a ir mais ao Santiago? Obrigada pela dica, pode ser que até nos voltemos a cruzar por lá e pode ser que sintas algo a rebolar em ti, por ti abaixo, mas que não serei eu, quem sabe uma cadeira ou uma simples garrafa ;)
Quanto às borlas, claro que as aproveito sempre que posso, não sou rica, mas neste festival não me encontras. Tenho muita pena de não ver 2 ou 3 concertos, mas como nem só o Montez existe, espero ter outras oportunidades de os ver em melhores condições e durante mais tempo.
Só mais uma coisa, tu não fazes a mínima ideia de como eu vivo a minha vida, ou achas que é apenas o que vês neste blog? Coitadinha de mim se assim fosse... A tua vida está toda no teu blog, é? Tens que ver se alargas os horizontes!

Como o ElMau disse, o concerto do ano foi sem dúvida Shannon Wright no Santiago Alquimista, não faço ideia quem o organizou, mas duvido que tenha sido o Montez... alguém me sabe dizer?

dj duck disse...

Maura,
Quem organiza os concertos no Santiago Alquimista é o Montez,mas mesmo isso não o desculpa de ele sêr um mercenário que quer ganhar dinheiro de qualquer forma e feitio!
Não se admirem se a Radar for vendida,tal como ele acabou com a X!
Beijinhos e Abraços
dj duck

PAC disse...

Ufa… consegui ler tudo. A ver se consigo opinar:

1. O Conceito: até pode ser desajustado transpor o conceito do SXSW de Austin para Lx, mas não é menos verdade que nos festivais Alive, Sudoeste, etc, já tínhamos de escolher que concertos assistir.

2. O SBES: acho que o festival vale por duas actuações: Walkmen e Santogold. E todos pensando assim, essas salas estarão esgotadíssimas mesmo 1 hora antes dos concertos, o que vai contra o suposto espírito do festival de assistir um pouco de tudo. Também acho censurável o facto de se impedir o acesso a salas com lotação esgotada, pois se paguei... reservo-me ao direito de assistir ao que quiser. Já a contar com isso, levo debaixo do casado o facalhão da matança do porco lá da terra.

3. O preço: é pornográfico. E não é só o SBES. Os preços de tudo o que gravita na indústria da música são pornográficos. Bem sei que é uma indústria como qualquer outra. Os promotores, editores, músicos tem todo o direito de querer ganhar dinheiro e também têm a euribor e as contas do supermercado pra pagar. Mas 80, 60, 40, euros para um festival? 30, 35 euros por um concerto em recinto fechado? 25/30 euros por um CD mesmo de edição antiga? É desajustado à realidade económica nacional.

4. O Montez: podem-lhe chamar chulo, FDP, estúpido, etc, etc, mas admiro o senhor por dois motivos. O primeiro por (ainda) manter rádios para publico alvo muito selectivo. O segundo por ter como sogro o Cavaco. Alguém imaginará como será a noite de consoada com o Sr. Presidente? Como será presenciar ao vivo o Sr. Presidente a mastigar bolo-rei? E as passas e os pinhões ficarem-lhe encrostados nos dentes enquanto ele diz “isso é assunto tabu, não me vou pronunciar” a todas as perguntas que lhe fazem, mesmo o netinho quando lhe pergunta “avô quando é que chega o Pai Natal”? E alguém percebe os discursos do Sr. Professor (ou sou só eu que não concluí a 4ª classe)? E como é que o Montez o tratará? Cavaco? Sr. Silva? Sr. Aníbal? Sr. Presidente? Sr. Professor? Cavaco E Silva? Eu se tivesse consoadas assim também chulava o público com festivais a 40 euros.

http://www.youtube.com/watch?v=KOWmcmbGp18

PS: Montez obrigado pela oferta do bilhete.

Headphone disse...

Belo manifesto hehehe inspirado numa grande obra como referiste. Tambem eu não vou ao festival mas nao critico quem o faça... Não estou para pagar 40€ e depois nao puder entrar onde me apetece! Blagh

LMN disse...

Bem podes chular, Luizinho, que os colégios da Mariana Cavaco, do Afonso Cavaco, do António Luís Cavaco e do João Maria Cavaco têm de ser pagos atempadamente, não vá o escândalo das mensalidades não pagas transpirar para os media!

Vai mas é trabalhar para Belém, que mais um chulo lá dificilmente dará nas vistas... antes que a Radar vá pelo mesmo caminho doutras que já te passaram pelas mãos.Vade Retro, Besta Imunda...

Exorcizo te, Luiz Montez, omnis spiritus immunde, in nomine Dei. Patris omnipotentis, et in noimine Jesu Christi Filii ejus, Domini et Judicis nostri, et in virtute Spiritus Sancti, ut descedas ab hoc plasmate Dei, quod Dominus noster ad templum sanctum suum vocare dignatus est, ut fiat templum Dei vivi, et Spiritus Sanctus habitet in eo.
Per eumdem Christum Dominum nostrum, qui venturus est judicare vivos et mortuos, et saeculum per ignem.

Anónimo disse...

Mas que idiotice! Com alguma curiosidade segui eu este link vindo do blog da radar e este "manifesto" não tem ponta por onde se lhe pegue... Parece escrito por uma teenager a tentar ser engraçada...
Quanto ao conteudo do texto é uma contradição pegada agoniada talvez por não ter uma borla para ir ao festival. Eu vou ao festival e não ando a nadar em dinheiro. Decidi comprar uma prenda a mim própria e vou experimentar o conceito.
Ao contrário do que tu colocas no texto este festival não é uma imitação do sxsw, o conceito é completamente diferente... no sxsw há várias actuações das mesmas bandas em vários espaços espalhadas por vários dias, existem workshops de musica, conferências, dj sets, enfim o sxsw é um autentico festival cultural onde se revelam novas bandas na onda independente. As acreditações para esse festival podem até passar os 1000 euros só pra teres uma ideia...
Párem de dizer disparates e de criticar sem fundamento! Esta é so a minha opinião é claro...
Ah... e mais uma coisa... este blog é dos mais desinteressantes que alguma vez consultei... sem conteudo, sem alma... até podes responder a este comentário mas nem me vou dar ao trabalho de voltar...

Maura disse...

O que podemos concluir do anterior comentário? Que esta moça não sabe que nem sempre a curiosidade nos leva a sítios que correspondam às nossas expectativas! Ainda vai sofrer na vida, ‘tadita. O que lhe vale é que até opina, e é sempre bom para desabafar e aliviar.

Para quem possa ler isto e ter a mesma opinião que ela – este manifesto foi escrito antes de serem dadas borlas para o festival, portanto a minha agonia não se prende com o facto de não ter conseguido borlas, a neura dela é que deve ser por ter pago em vez de ganhar uma!

Quanto à imitação do SXSW, foi o próprio Montez que disse numa entrevista à Radar que este SBES era inspirado no festival do Texas, não fui eu!

Posto isto, parece-me que quem critica sem fundamento é esta Sílvia, deve ser um problema de nome, são cá umas neuróticas, credo! (desculpem-me as outras Sílvias, mas as duas que conheço são assim...)

Quanto a este blog, todos sabemos que está moribundo e ninguém está preocupado com isso. Obrigada por todas as opiniões, apesar disso, só gostava que as fundamentassem e não defendessem gente que se está a marimbar para vocês, abram os olhitos!

Bons concertos mai’logo, depois contem-me!

dj duck disse...

Alguem foi vêr os Mercury Rev?
Beijinhos e Abraços
dj duck

Abdel Sesar Im disse...

Cum catano!
E o concerto dos Soma & Segue em torredeita, no arvoredo, faz uns anitos?
Disso não falam vocês! Cambada!
Aprendam a ver música! Hã? Ver?

Maura disse...

Dj Duck, a Su foi ver Mercury Rev e acho que a Amelinha também.

Abdel Sesar Im, seja muito bem-vindo! É um prazer ver tal personalidade pisar os nossos aposentos!
Tem toda a razão, meu caro, falhei Soma & Segue no arvoredo de Torredeita! Não sou uma verdadeira urbano-depressiva, mea culpa!

i scream disse...

Eh lá!!! não estás numa fase da vida em que não te devias irritar? :)
só agora tive tempo de ler isto de uma ponta à outra, e digo-te que tens a minha concordância em muitos pontos, no entanto eu fui lá...
o conceito do festival não me parece mau, mas "em stock" é verdadeiramente estúpido. aquilo são uma espécie de showcases o que é bom como introdução de bandas novas e relativamente novas. no entanto, pôr bandas como the walkmen (já com 3 ou 4 álbuns)a tocar uma hora é absurdo (este concerto foi mesmo bom).
os vários palcos, é uma cena fixe, mas para tornar isto numa "feira" de talentos emergentes é preciso repensar, mais dias, mais bandas com carreira feita e muita, muita mais organização...
o preço: um verdadeiro assalto. e é aqui que percebemos que a música dele é o dinheiro, como qualquer capitalista mostra que está cá "p'la guita" (mas também aqui não há novidade já vimos outros concertos e festivais para encher bolsos, já para não falar no seu monopolismo que destrói tudo o que se tenta erguer e lhe cheire a concorrência). só para chatear até a cerveja é cara nesta porcaria... eu tive a sorte de ser premiado com um bilhete o que me permitiu ir a um festival que doutra forma seria difícil,O PREÇO É VERDADEIRAMENTE OBSCENO!!!

Morte ao negócio na música, PUM!

amelinha disse...

oh i scream, diz-me lá em que festivais tens ido em que as banda tocam mais de 1 hora?
diz-me lá também quem faz negócios que não queira ganhar dinheiro? Ou achas que o pessoal na música (incluindo os artistas) faz música para mostrar aos amigos?
concordo que o preço do bilhete esteja um pouco esticado para a oferta do festival e que se houvesse mais escolha provalvelmente ninguém se tinha sentido insatisfeito ao ficar de fora de um concerto como o dos walkmen ou da santa do Ouro. E isso sim, é de ser discutido. Parece-me mais indignante que a radar só ponha músicas em playlist mediante a possibilidade de virem em concerto pelo Música no Coração ou que na vinda de uma banda por outra promotora os temas saiam de lista. Isso sim é promiscuo e sem ética. Preocupa-me a Fnac não fazer jus ao preço verde, ter descontos sobre os discos e não os aplicar ao consumidor final. Preocupa-me toda a gente fazer dinheiro com música menos quem a produz e cria. Isso sim!

Arthur Dent disse...

1º o montez não percebe de música, percebe do negócio da música, e nisso é bom.
2º jovem: és adepto do montez, do covões e do tipo de cartazes que trazem? então, cumpre-me a difícil tarefa de te dizer que percebes tanto de música como eles.
3º alternativas? há muitas, todas as semanas, a partir de 10 euros nos sítios onde as pessoas que realmente gostam de música gostam de ir.
4º não queres fazer parte de um rebanho? não te metas na fila da macdonalds.

i scream disse...

oh amelinha, é verdade que em festivais as bandas tocam pouco mais de uma hora (talvez por isso tenha cada vez menos vontade de ir a festivais, não tendo nada contra) por outro lado não me parece nada mal que bandas emergentes toquem uma hora, agora bandas com maior nome custa-me um bocado não terem mais tempo de antena.
concordo inteiramente com a tua última frase, os músicos são quem mais merece e provavelmente são quem menos recebe, e este é o ponto a que se chega quando se trabalha dentro de uma lógica capitalista, em que o trabalhador (os músicos)é explorado pelos patrões (a industria)que apenas têm em vista o lucro... não é nada contra o festival em questão, nem contra festivais em geral, é contra as barreiras (preços)cada vez mais intransponíveis no acesso à cultura para todos. falando na fnac o desconto de 10% nos livros já era, qual será o próximo passo, cobrar entrada?

pim pum

Paula disse...

o que mais me irrita no Sr. Engenheiro foi já ter ouvido da boca dele... Ah e tal concertos é em Lisboa porque em Lisboa é que esgota. E eu que só ia ao SBES para ver Zita Swoon, não me ia ficar barato. era o bilhete e a viagem comida e estadia... enfim viva o genro da nação

Wellvis disse...

Eu aqui numa dúvida desgraçada se dava o título de melhor CONCERTO DO ANO (para o blogue radar) aos PORTISHEAD ou aos GOSSIP no Alive! e vejo seu comentário no dito blogue "Shanon Wright" e agora é que endoideci de vez,pois tinha esquecido desse concerto assombroso! Acho mesmo que talvez a Shannon tenha dado um concerto dos deuses.

Abs,

Maura disse...

Pois é, caro Wellington, por vezes ficamos embriagados pelos hábitos de só ouvir e levitar à volta da Radar, é sempre bom lembrar que a Radar não é o suprassumo da cena musical, pelo contrário e cada vez menos! Bem-vindo!

Escuteirinha X, o gajo é uma besta, não é a música que o move, apenas descobriu há uns anos que a música podia ser uma galinha de ovos de ouro e teve sorte, ou saber (não lhe tiro o mérito economicista).
Felizmente ainda há concertos fora deste circuito "mainstream" e não é para ser do contra, mas sinceramente este ano não consigo escolher um só concerto como o melhor, escolho dois - o engraçado é que um deles aconteceu há dois dias em Sesimbra, o suficientemente longe de Lisboa para realmente termos lá o público que gosta deles e não um rebanho alternativo (como diz ali o Arthur Dent). O outro foi Shannon Wright no Santiago Alquimista, igualmente sem rebanhos! Portanto Escuteirinha, não sei de onde és, mas é sempre possível fazer frente aos concertos "de Lisboa" e organizar grandes eventos perto de nós. Mãos à obra ;)

todonu disse...

Lixado é estas merdas só serem organizadas para os eleitos das grandes urbes... O resto do malta que se f... Se se queixam dos preços e moram perto dos eventos, imaginem quantas euribors custa ir do desterro beirão assistir a um concertozito. Por isso, estou como o Abdel... Soma&Segue no arvoredo de Torredeita...